sexta-feira, 20 de setembro de 2013

HOJE, SEXTA-FEIRA 20, TEM "CORRENTE FRIA, CORRENTE QUENTE" NO PALACETE DOS LEÕES

Clima misterioso do casarão histórico é usado para estimular a imaginação do público em torno da narrativa de uma menina que perde o pai no mar do Japão

Fernanda Fuchs, na peça Corrente Fria, Corrente Quente, FOTO 1 Vanessa Vzorek

Após estrear com apresentações lotadas no Festival de Curitiba e no Festival Hana Matsuri, o monólogo “Corrente Fria, Corrente Quente” será encenado no dia 20 de setembro, às 19h30, no Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões. A entrada é gratuita.  Com texto premiado em São Paulo, pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Serviço Social, o monólogo é interpretado pela atriz Fernanda Fuchs, também autora da peça. A direção é de Hermison Nogueira e Franco Fuchs.

Palacete dos Leões, divulgação BRDE

Mar de ausências e esperas
O encontro das correntes oceânicas Oyashio (do tipo fria) e Kuroshio (quente) provoca uma abundância de peixes no Japão. Mas, na cabeça de Fernanda Fuchs, o encontro das águas gerou “Corrente Fria, Corrente Quente”. Na peça, uma menina de Okinawa fala sobre o desaparecimento do pai, que saiu para pescar em alto-mar e nunca mais voltou. Sentado a poucos metros da atriz, o público testemunha o cotidiano da garota e o seu mergulho na elaboração da perda paterna.

Como em um ritual, elementos como precisão, paciência e concisão são valorizados. Com seus movimentos e o uso de sacos de juta, Fernanda transporta os espectadores a um universo de sonho e memória. A ambientação em um espaço alternativo como o Palacete dos Leões, construído em 1902, como residência da tradicional família Leão Júnior, também estimula ainda mais a imaginação do público. “Cada local agrega para a peça uma energia diferente, por conta das coisas, pessoas e ações que já se passaram ali. Senti isso quando me apresentei na Casa da Praça do Japão e na Casa Hoffmann, por exemplo. O palacete, por ser carregado de história, também despertará novos significados”, diz Fernanda.

Imaginário japonês
Nascida em Paranaguá e criada em Curitiba, Fernanda Fuchs nunca foi ao Japão. Sua peça foi criada então a partir do seu imaginário e com o auxílio de pesquisas sobre a terra do sol nascente. Aspectos geográficos serviram de inspiração tanto quanto referências artísticas japonesas, como a gravura A Grande Onda de Kanagawa, de Katsushika Hokusai. “Nas pesquisas, a força das correntes marítimas me chamou atenção, assim como a força dos terremotos e tsunamis, desastres que parecem ser encarados com naturalidade pela população japonesa.”

Biografia de Fernanda Fuchs
Atriz e professora de teatro, Fernanda Fuchs, 22 anos, é formada pela Faculdade de Artes do Paraná. Atuou em peças como “Aurora da Minha Vida” e “Língua da Montanha”, dirigidas por Hermison Nogueira, e “Companhia Frazão”, dirigida por Elderson Melo. Como dramaturga, faz parte do Núcleo de Dramaturgia do Sesi Paraná. Em fevereiro de 2013, com o texto “Corrente Quente, Corrente Fria”, foi premiada em São Paulo com o 3º lugar no Concurso de Contos Bunkyo. Como cantora, integrante do Coral da UFPR, fez diversas apresentações em Curitiba e Antonina. Também se apresentou como solista em apresentações do projeto Afina-se, do Conservatório de MPB de Curitiba.

SERVIÇO
Monólogo “Corrente Fria, Corrente Quente”
Texto e intepretação: Fernanda Fuchs
Direção: Hermison Nogueira e Franco Fuchs
Dia 20 de setembro, sexta-feira, às 19h30, no Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões
Av. João Gualberto, 530, Alto da Glória, em Curitiba
Entrada gratuita. Após a peça, bate-papo com a atriz e dramaturga Fernanda Fuchs
Blog do espetáculo: www.correntefriacorrentequente.wordpress.com


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