VIVA O SENHOR ROLLINHO !

"Hélio, .... Estou querendo saber sobre o senhor Rollinho do Jardim de Rosas.
Fiquei encantada com suas rosinhas, por favor me conte a história dele...
Neide de Itabira-mg (14/8/2013)"
(Atendendo a pedidos)

Rollo de Resende (Reginaldo Posseti de Resende)
nasc. 15/8/1965 -Em Cambará-Pr.
pass. 23/8/1995 em Curitiba Pr.

Hoje é seu aniversário, ele faz 48 anos, e a festa é aqui nessas linhas virtuais
e implacáveis desse web-conto.

Rollo não andava, flanava por sobre, sob e enter. Uma semente de paineira, transtornada em nuvem, vagando pela cidade, era a sensibilidade com pernas. Não deixava pegadas de suas alpargatas azuis por onde passava, os vestígios ele deixava era nas pessoas.
Foi nomeado cozinheiro oficial do Povo do Botão, com algumas batatas e meia cebola, edificava banquetes incas, majestáticos e sentia prazer em alimentar bem a tribo, qualidade imprescíndivel a todo cozinheiro que se preste.

A dor quando tanta, canta, e lembrar dele é uma espécie de canção conforto.

O tributo é dedicado ao menino que voando passarinho nas asas da pétala de um crisântemo descartado, não teve tempo de ouvir, o chamarem de "Senhor Rollinho"

Sei que onde estiver seu espírito, está feliz, sorrindo e em paz.
Jardim Passarinho:

Rollinho distraía as pétalas de crisântemos que encontrava descartados pelas ruas e as transformava em passarinhos, delicadamente costurados em finíssimas raízes. Pronto, seu discurso estava orquestrado:
Se o passarinho estava sózinho, a legenda da obra era: "esperando".
Se era um casal : "resolvidos"
Se eram três: "triângulo amoroso"
Se estava de ponta cabeça:"morcegueando"
Se eram muitos e havia um ninho com filhotes:"festa de batizado"

Jardim de Rosinhas:

Imponente, seu jardim de rosinhas de crepom o ligava à terra, e o endereço era sempre o coração das pessoas.

Adélia Prado ao se deparar com um "espécime" foi taxativa - "é a Rosa Mística". Como sempre Ela tinha razão- não importa a cor, "o que vale é o jeito".

E é assim que vamos nos ajeitando com sua ausência, valorizando a herança que ele legou ao povo do botão, cultivando seu eterno jardim de rosas de Rollinho, para perfumar nossas manhãs de domingo na Feirinha, com sol, chuva ou frio.

Ele descobriu que a Glicínia, na verdade é : "um cacho de uvas floridas", e nesse lilás glicínico que mergulho em lembranças, que eram pra ser homenagem e acabou saindo com cara de resgate.

Como ele mesmo poetava:
" os peixes de aquário
Não sabem do mar"

Os Mestres são assim, entram em nossa corrente sangüínea pela emoção e latejam naturalmente, sem que nos apercebamos disso, e vivem em nos pela beleza.

Feliz aniversário, querido amigo, tua festa ainda pulsa em nós, companheiro.

MOSTRA - JARDINS DO SENHOR ROLLINHO
Espaço Lilituc (Gruta Contemporânea Santa Helena Kolody)
Anexa ao TUC  - na galeria Julio Moreira, que liga o Largo da Ordem à Praça Tiradentes, no Centro de Curitiba - Curadoria - Hélio Leites, Katia Horn e Efigênia
De 15/8/2013 a 15/10/2013

Obras publicadas:
"Bem Que Se Aviste Racho de Romã" (Pela fundação Cultural de Curitiba-1988
"Homeopoética"(Casulo Provisório Edições- 1992) Em parceria com Jane Bodnar e Fernando
"Água Mineral " (lei municipal de Incentivo à Cultura - FCC- 1995)

HL pelo Povo do Botão

Comemoremos Companheiros!!!

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